Quanto tempo de tela é saudável para adolescentes?
- Carolina Bittencourt

- 4 de nov.
- 2 min de leitura
Entenda as recomendações do Ministério da Saúde e o que dizem os estudos sobre o uso de telas e a saúde mental dos adolescentes.
Celulares, tablets e computadores fazem parte da rotina dos adolescentes nas aulas, nas conversas com amigos e nos momentos de lazer. Mas quando o uso passa do saudável para o excessivo? Essa é uma dúvida comum entre pais, educadores e profissionais de saúde.
O Ministério da Saúde orienta que o tempo de tela recreativo (ou seja, fora da escola ou trabalho) seja limitado a até 2 horas por dia para crianças e adolescentes. A recomendação busca prevenir os efeitos do sedentarismo e proteger a saúde física e emocional dos jovens.
Como profissional da saúde, eu recomendaria menos. No total, contando todos os usos de tela, apenas 1 hora por dia. E vou te contar o por quê.
O que mostram os estudos recentes
Pesquisas internacionais reforçam essa orientação. Estudos apontam que adolescentes que passam mais de 4 a 6 horas por dia em telas tendem a apresentar pior qualidade de sono, aumento da ansiedade e sintomas de depressão, além de maior risco de obesidade e cansaço mental.
Por outro lado, o uso equilibrado e consciente das telas pode trazer benefícios, especialmente quando envolve aprendizado, criatividade e socialização positiva.
Mais importante do que o número de horas
Mais do que apenas “contar horas”, é essencial observar como e quando as telas são usadas.
O adolescente usa o celular para aprender, criar e se conectar?
Ou para se isolar, fugir do desconforto e evitar o contato com a vida real?
Essas perguntas ajudam a entender o papel das telas na rotina e na saúde emocional.
Dicas práticas para famílias
Estabeleça horários de desconexão, especialmente antes de dormir.
Combine um tempo máximo diário para uso recreativo (1 hora por dia).
Incentive atividades fora das telas: esportes, leitura, música, encontros presenciais.
Converse sobre o tipo de conteúdo que o adolescente consome e como ele se sente com isso.
Conclusão
O equilíbrio é a chave. O tempo de tela só se torna um problema quando começa a substituir o movimento, o sono, o contato humano e o silêncio.
Mais do que proibir, o papel dos adultos é ajudar o adolescente a desenvolver um uso consciente e saudável das telas, aprendendo a equilibrar o mundo digital e o mundo real.

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